O MINISTÉRIO CRISTÃO

Atos 20:28
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” (Revista e Atualizada)
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (Corrigida e Revisada Fiel)
Introdução
O ministério cristão, como o próprio título indica, foi instituído e constituído por Jesus Cristo. Ainda que se assemelhe, em alguns aspectos, com o ministério vétero-testamentário, é algo absolutamente novo e especial como o é o próprio evangelho de Jesus.
I.                    PRINCÍPIOS BIBLICOS DO MINISTERIO CRISTÃO:
A.       Foi concebido no coração de Deus – Jr 3:15; 23:4.
B.       É um modelo especial de liderança espiritual concedido por Jesus – Ef 4:7,8,11.
C.       É um dom espiritual constituído pelo Espírito Santo – At 20:28.
II.                  A VOCAÇÃO DE DEUS PARA O MINISTÉRIO:
Ainda que sejam importantes os talentos pessoais de uma pessoa, o que faz dela um verdadeiro ministro de Deus é a vocação divina.
A.       Deus vocaciona a quem Ele próprio escolhe.
Os critérios são estabelecidos pelo próprio Deus.
1.       Não existe vocação hereditária.
2.       Não existe vocação por negociação política.
3.       Não se adquire esta condição por compra financeira – At (Simonia)
B.       Deus concede dons ou capacidades de acordo com os propósitos de seu chamamento.
C.       Deus não prioriza um indivíduo pelos dotes humanos deste e nem exclui alguns por faltar-lhe determinados valores.
D.       Nem sempre Deus vocaciona os preparados mas sempre prepara os vocacionados.
E.        Deus não revoga Sua vocação por motivos alheios à Sua vontade – Rm 11:29.
III.                A RESPONDABILIDADE DE QUEM FOI CHAMADO (DO MINISTRO):
A.       Responsabilidade para com Cristo.
1.       Só fazer o que o Senhor ordenar.
2.       Viver de acordo com os valores de Cristo.
3.       Dar a Deus toda honra e louvor do que Deus lhe concede. (Ilustração do Jumentinho).
4.       Completar as marcas de Cristo.
B.       Responsabilidade para com a Igreja (o povo de Deus).
1.       “Pastores” o rebanho por amor – I Pe 5:2.
a.        Com espontaneidade – sem constrangimento.
b.       Com voluntariedade – sem ganância.
c.        Com exemplicidade – sem prepotência
2.       Ser exemplo em tudo.
a.        Na palavra
b.       No caráter
c.        Na vida
3.       Exercer o ministério plenamente (Como Cristo fez).
a.        Ensinando (Mc 9:33)
b.       Curando (Lc 8:51-56)
c.        Consolando (Jo 11:28)
d.       Pregando (Lc 7:36-38)
C.       Responsabilidade para consigo mesmo.
1.       Demonstrar integridade em tudo – II Co 4:1,2; 6:3.
Esta é uma questão moral.
2.       Cuidar de sua família como prioridade espiritual. I Tm 3:5; 5:8.
3.       Cuidar de sua vida espiritual, cumprindo com os requisitos da vida cristã – I Tm 1:18-20; 2:1.
4.       Cuidar de sua vida emocional, psicológica e mental, superando as crises inevitáveis – I Tm 4:12; II Tm 4:5.
5.       Cuidar bem de sua saúde física e mental – I Tm 5:23; 4:12,13.
6.       Cultivar uma vida social saudável e edificante (I Tm 1:4,5; II Tm 1:2) evitando, se necessário, “intimidade” com pessoas profanas e heréticas – II Tm 2:16-18.
7.       Manter sempre acesa a chama da vocação ministerial – I Tm 1:6,7.
8.       Controlar os “desejos excessivos” de enriquecimento às custas do ministério – I Tm 6:6-10.
IV.                PERIGOS DA VIDA MINISTERIAL
Nenhuma atividade humana exige tanto cuidado da parte do “profissional” como a de um ministro cristão. Isto porque, ao contrário do que ocorre com a maioria das atividades, do ministro não se exige apenas o SABER e o FAZER mas, sobretudo, o SER. Ocorre em dois aspectos:
A.       Em relação aos “vencedores”.
1.       A vaidade – Muitos se envaidecem por causa do poder, da projeção, dos privilégios e se tornam soberbos e orgulhosos.
2.       A prepotência – O fato de lidar com o poder em tornado muitas pessoas orgulhosas e soberbas como se elas fossem um “deus”.
3.       A leviandade – Pelo fato de ser alvo da confiança e do respeito de todos alguns usam as oportunidades para praticar vícios de toda forma. Veja o casa de Davi – I Sm 17.
4.       O deslumbramento – No coração de alguns homens de Deus o Diabo plantou a idéia de que eles são os tais, porque são mais sábios, mais famosos, mais...
B.       Em relação aos derrotados.
No outro lado da moeda há aqueles que não se acham vencedores e estão sendo dominados por:
1.       Frustração – Alguns estão frustrados porque ingressaram no ministério motivados pelo Suas – só de alguns pessoas, pela convicção de que eram capazes, pela confiança que tudo daria certo e constatassem que a realidade é outra. Os planos não funcionam, os projetos não saem do papel e a palavra não se concretiza.
2.       Ressentimento – Outros estão revoltados contra lideres e liderados que lhes dificultaram a vida faltando-lhes com apoio, credibilidade, oportunidade, reconhecimento.
3.       Desmotivação – Alguns se desmotivaram ao perceber que o processo de plantar, germinar, crescer, amadurecer, para depois colher é muito longo, penoso e demorador. Por isso não crêem que vale a pena insistir.
4.       Esgotamento – Muitos tem sido vencidos pelas decepções, pelas crises pessoais, familiares, ministeriais e pelas necessidades não supridas.
C.       Os quadrigêmeos do mal.
Jesus foi tentado por pelo menos três destes, os quais são:
1.       A fama – significa tornar-se conhecido e admirado por alguma coisa que se fez ou por algo que se tem ou pelo que se é. Principalmente nos nossos dias, tornar-se famoso não custa muito. A fama abre portas, dá-se oportunidade , coloca-se em evidência uma pessoa que pode usar tudo isso para o mal.
2.       O poder – é a possibilidade de estar em posição de mando ou de fazer valer a vontade pessoal. Diante disso muitos tem se corrompido e desviado do foco.
3.       O dinheiro – A Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. (I Tm 6:10). A questão do dinheiro, se não for sabiamente administrada, produzirá danos para os que querem enriquecer (I Tm 6:9) como para os ricos.
4.       O sexo – Os três males supra citados abrem oportunidades “infinitas” para os vícios do sexo, além daquilo que o sexo representa por si só. Veja os exemplos de Sansão e Davi.
V.                  OITO REQUISITOS PARA SE REALIZAR UM MINISTÉRIO CRISTÃO DE SUCESSO.
São lições que aprendemos com os apóstolos e com a igreja primitiva.
A.       Liderança firme e forte – At 2:14,22 “...escutai as minhas palavras...”
B.       Trabalho eficiente de divulgação (pregação), de treinamento (discipulado) e de equipe. (At 2:36,37) “...Pedro e aos demais apóstolos...”
C.       Um programa definido e uniformizado de trabalho – At 2:42,46 (4:32). “E perseveravam na doutrina... perseveravam unânimes...”
D.       Operação real do Espírito Santo – At 4:8,31 “Então, Pedro, cheio do Espírito Santo...”
E.        Comunicação franca e clara entre os lideres e os liderados. At 4:23,24 “...procuram os irmãos...”
F.        Estratégia eficiente, conhecida e praticada por todos. At 4:32 “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma...”
G.       Unidade carismática presente em todos, que refletia nos resultados. At 4:33 “com grande poder... e em todos havia abundante graça”.
H.       Programa de impacto, diante da igreja e do mundo. At 5:11.
Conclusão:
O ministério é a mais poderosa ferramenta que o Espírito Santo concedeu a igreja em sua luta para a implantação do Reino de Deus na terra.


Estudo foi ministrado na(no):
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS
Escola Bíblica Nacional – Campo do Guará – DF

João Pessoa – Paraíba – Brasil